Basta fazer um passeio por bairros para entender que boa parte dos empreendimentos são formados por um grupo de familiares que reúnem esforços e recursos financeiros para fazer com que uma boa ideia se torne um negócio rentável. O próprio Sebrae explica que, no Brasil, este tipo de empresa representa 75% do PIB e é responsável por gerar muitos empregos formais.
O maior desafio está na separação entre vida pessoal e profissional, que muitas vezes acaba se confundindo, causando grandes conflitos de interesse e prejudicando o andamento do empreendimento.
A melhor solução está na gestão, na divisão de tarefas, no equilíbrio dos poderes e no planejamento estratégico. Por isso, abaixo, abordamos as principais dicas para que seja possível garantir a sustentabilidade da empresa familiar:
A divisão de tarefas é essencial para o funcionamento de qualquer negócio. Quando se trata de um empreendimento familiar, é preciso dar atenção especial a isso para evitar conceder privilégios aos membros da família.
Se for o caso, cada uma dessas pessoas deve formar um grupo de funcionários que trabalham em conjunto para entregar um produto ou serviço. Lembre-se de definir regras claras em relação à jornada de trabalho e atribuições de cada um.
A melhor forma de não misturar as finanças é estabelecendo um salário para cada uma das pessoas, retirando aquela responsabilidade de arcar com as despesas pessoais que não estão relacionadas ao negócio.
Evite também fazer empréstimos para membros da família, apenas pelo vínculo afetivo, pois esta prática pode acabar prejudicando o desempenho financeiro de sua empresa familiar.
As reuniões devem fazer parte do planejamento do negócio não somente no início, como durante o andamento da atividade, principalmente, para resolver aqueles conflitos que podem estar atrapalhando a produtividade.
Quando estes problemas são levados para conversas particulares, até mesmo outros funcionários são poupados da confusão, o que evita prejudicar o clima organizacional.
Quando uma empresa familiar é constituída, é normal que as ideias estejam muito mais afloradas no início do que após alguns anos. Mas não é apenas de ideias iniciais que se vive um negócio, é preciso verificar se o produto ou serviço comercializado está caindo no desuso e se pode ser melhorado.
Se o desempenho começar a cair, talvez seja a hora de procurar inovações dentro do próprio nicho e, assim, conquistar uma nova vantagem competitiva que vai influenciar nos próximos resultados.
O planejamento de sucessão é essencial para garantir a longevidade do negócio que, muitas vezes, é passada de pais para filhos, como forma de manter a empresa familiar em pleno funcionamento.
Para que isso aconteça da melhor forma, é preciso preparar os sucessores para a gestão, buscando sempre enxergar ou criar novas oportunidades de crescimento no longo prazo.
Seguindo essas dicas, é possível construir um negócio familiar próspero, repleto de potencial para alcançar patamares ainda maiores com a força da união familiar e, claro, continuar entregando soluções para seus clientes.
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